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Mario Vargas Llosa, o gênio rebelde, morre aos 89 anos

14/04/2025

Por .
14 de Abril de 2025 às 09:38

Mario Vargas Llosa, um dos escritores mais influentes do século XX, faleceu ontem, aos 89 anos, em Lima. O anúncio se deu através de seus filhos Álvaro, Gonzalo e Morgana, em comunicado publicado nas redes sociais.

“Com imensa tristeza, informamos que nosso pai faleceu nesta manhã em paz, cercado de amor”, declararam, primeiramente.

Voz literária e política de peso na América Latina, Mario ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 2010. Ele ficou conhecido principalmente por unir realismo cru, erotismo sutil e crítica feroz à opressão individual e à corrupção nos regimes latino-americanos.

Seu primeiro romance, “A Cidade e os Cachorros”, publicado em 1963, expôs os abusos da vida militar e dessa forma despertou a ira de generais peruanos. Um deles, por exemplo, chegou a acusá-lo de trabalhar a serviço do Equador, o que, ironicamente, contribuiu para o sucesso imediato da obra.

Mario Vargas era crítico da esquerda e defensor da liberdade

Apesar de integrar a chamada “geração do boom literário” — ao lado de Gabriel García Márquez e Julio Cortázar —, Vargas Llosa evitou o realismo mágico. Rompeu com os intelectuais de esquerda da época ao se opor à repressão em Cuba. “A perseguição a dissidentes por Fidel Castro foi o limite”, afirmou certa vez, em entrevista.

A partir desse rompimento, contudo, moldou-se como um pensador conservador. “A liberdade deve prevalecer sobre qualquer ideologia”, escreveu em sua coluna no “El País”. Seus textos abordavam desde política econômica até o impressionismo de Monet. Ele usou a imprensa como plataforma para defender ideias com firmeza, mesmo quando impopulares.

Da ficção à política: a candidatura que marcou uma era

Em 1990, Vargas Llosa concorreu à presidência do Peru. “Era preciso tirar o país da crise moral e econômica”, justificou. Propôs medidas liberais, como privatização e controle da inflação, que mais tarde seriam adotadas por seu adversário vitorioso, Alberto Fujimori.

A derrota política não apagou seu impacto na vida pública. Pelo contrário, consolidou sua figura como intelectual engajado.

Literatura com alma jornalística

O escritor começou sua trajetória como repórter no jornal La Crónica, ainda adolescente. Cobria o submundo de Lima — bares decadentes, prostitutas e delinquentes. “Ali nasceu minha obsessão pelo lado sombrio da realidade”, disse em uma palestra. Essa vivência gerou Conversa no Catedral, romance ambientado durante a ditadura de Manuel Odría. Muitos o consideram sua obra mais complexa e potente.

Vargas Llosa manteve-se ativo até os últimos anos, escrevendo para jornais e participando de debates. Sua coluna no El País, distribuída por toda a América Latina, abordava temas diversos com igual paixão — da política nos Andes à pintura francesa. “Escrever é resistir”, repetia. A frase, agora, ecoa como legado.

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