Conselho do América vai investigar denúncia de desvio de R$ 460 mil
02/04/2025
02 de Abril de 2025 às 09:18
O Conselho Deliberativo do América vai investigar uma denúncia de desvio de dinheiro no valor de aproximadamente R$ 460 mil envolvendo a venda do zagueiro Diego Carlos, que jogou nas categorias do clube em 2009. A pauta foi apresentada durante a votação de contas dos anos de 2023 e 2024 na noite desta segunda-feira (31).
Por unanimidade, o conselho aprovou as contas do atual presidente do América Marco Vilela e do interventor Samir Barcha em 2024. Já as contas de 2023, quando o clube era presidido por Luiz Donizette Prieto, o Italiano, foram reprovadas. Os conselheiros apontaram inconsistências e preocupações quanto a administração financeira no período.
Durante a sessão, Marcos Vilela apresentou uma denúncia formal ao presidente do Conselho Deliberativo, Dourival Lemes, sobre parcelas referentes à transferência do atleta Diego Carlos. O zagueiro foi vendido do Sevilla para o Newcastle em 2022 por 30,5 milhões de euros. Como clube formador, o América teve direito a uma parcela da negociação por meio do mecanismo de solidariedade da Fifa.
“Puxando o extrato do banco, vimos que o América recebeu a primeira parcela no valor de R$ 230.440,27 em 24/10/2022. Já a segunda foi no valor de R$ 218.837,20 em 16/08/2023. Porém, não houve prestação de contas sobre a utilização desse dinheiro, por isso encaminhamos a denúncia ao Conselho para termos os devidos esclarecimentos”, afirmou Vilela.
O América ainda recebeu uma terceira parcela em 27/09/2024 no valor de R$ 244.919,04. Segundo o presidente, parte do dinheiro foi utilizado em melhorias no estádio Teixeirão.
“Fizemos uma reforma na sala de troféus, sala de imprensa, refeitórios e sala de convivência. Todas as despesas foram devidamente registradas e utilizadas na melhora da estrutura do Teixeirão”, comentou Vilela.
O ex-presidente Italiano afirma que o edital de convocação não previa a votação das contas de 2023 e que elas já haviam sido aprovadas em janeiro de 2024, antes da intervenção judicial no clube. Ele ainda afirmou que as duas parcelas referentes a venda de Diego Carlos foram utilizadas na gestão de futebol do América.
“Eles não entendem nada sobre a administração de um clube de futebol, tanto que deixaram o time de fora do Paulista. O dinheiro da venda do Diego Carlos precisava passar por uma conta judicial antes de ser utilizado e isso não foi feito na gestão deles. Eles não poderiam ter utilizado esse dinheiro sem fazer isso antes. Eu vou acionar a Justiça contra eles”, declarou Italiano.
O presidente do Conselho Deliberativo, Dourival Lemes, afirmou que não foram encontrados no clube os registros de aprovação de contas no período que Italiano foi presidente (2017 a 2023). Ele também falou sobre os próximos passos envolvendo a investigação.
“Nos próximos dias vamos criar uma comissão de sindicância, por tempo indefinido, para apurar o caso. Ela será conduzida de forma imparcial e respeitando o estatuto do América, pois não se trata de uma caça às bruxas. Nesta comissão, o ex-presidente terá a oportunidade de prestar as contas”, afirmou.
Após a comissão de sindicância, será elaborado um relatório para o conselho fiscal do América. Em caso de irregularidades, Lemes afirma que serão tomadas as medidas previstas no estatuto.
Vinicius LIMA - DHoje Interior
Por unanimidade, o conselho aprovou as contas do atual presidente do América Marco Vilela e do interventor Samir Barcha em 2024. Já as contas de 2023, quando o clube era presidido por Luiz Donizette Prieto, o Italiano, foram reprovadas. Os conselheiros apontaram inconsistências e preocupações quanto a administração financeira no período.
Durante a sessão, Marcos Vilela apresentou uma denúncia formal ao presidente do Conselho Deliberativo, Dourival Lemes, sobre parcelas referentes à transferência do atleta Diego Carlos. O zagueiro foi vendido do Sevilla para o Newcastle em 2022 por 30,5 milhões de euros. Como clube formador, o América teve direito a uma parcela da negociação por meio do mecanismo de solidariedade da Fifa.
“Puxando o extrato do banco, vimos que o América recebeu a primeira parcela no valor de R$ 230.440,27 em 24/10/2022. Já a segunda foi no valor de R$ 218.837,20 em 16/08/2023. Porém, não houve prestação de contas sobre a utilização desse dinheiro, por isso encaminhamos a denúncia ao Conselho para termos os devidos esclarecimentos”, afirmou Vilela.
O América ainda recebeu uma terceira parcela em 27/09/2024 no valor de R$ 244.919,04. Segundo o presidente, parte do dinheiro foi utilizado em melhorias no estádio Teixeirão.
“Fizemos uma reforma na sala de troféus, sala de imprensa, refeitórios e sala de convivência. Todas as despesas foram devidamente registradas e utilizadas na melhora da estrutura do Teixeirão”, comentou Vilela.
O ex-presidente Italiano afirma que o edital de convocação não previa a votação das contas de 2023 e que elas já haviam sido aprovadas em janeiro de 2024, antes da intervenção judicial no clube. Ele ainda afirmou que as duas parcelas referentes a venda de Diego Carlos foram utilizadas na gestão de futebol do América.
“Eles não entendem nada sobre a administração de um clube de futebol, tanto que deixaram o time de fora do Paulista. O dinheiro da venda do Diego Carlos precisava passar por uma conta judicial antes de ser utilizado e isso não foi feito na gestão deles. Eles não poderiam ter utilizado esse dinheiro sem fazer isso antes. Eu vou acionar a Justiça contra eles”, declarou Italiano.
O presidente do Conselho Deliberativo, Dourival Lemes, afirmou que não foram encontrados no clube os registros de aprovação de contas no período que Italiano foi presidente (2017 a 2023). Ele também falou sobre os próximos passos envolvendo a investigação.
“Nos próximos dias vamos criar uma comissão de sindicância, por tempo indefinido, para apurar o caso. Ela será conduzida de forma imparcial e respeitando o estatuto do América, pois não se trata de uma caça às bruxas. Nesta comissão, o ex-presidente terá a oportunidade de prestar as contas”, afirmou.
Após a comissão de sindicância, será elaborado um relatório para o conselho fiscal do América. Em caso de irregularidades, Lemes afirma que serão tomadas as medidas previstas no estatuto.
Vinicius LIMA - DHoje Interior
