Celso Russomanno expõe WePink e acusa empresa de Virginia de crime

A WePink, marca de cosméticos da influenciadora e apresentadora Virginia Fonseca, se tornou alvo de duras críticas do deputado federal Celso Russomanno (Republicanos-SP). Durante a exibição do “Patrulha do Consumidor”, na Record, no último sábado, 7 de junho,, o parlamentar afirmou ter recebido mais de 100 reclamações de consumidores relatando falhas graves, como produtos com defeito e pedidos que nunca chegaram ao destino.

De acordo com Russomanno, a empresa já vinha sendo mencionada em diversas denúncias desde 2023. O apresentador destacou que, além dos atrasos nas entregas, os clientes enfrentam dificuldades para obter retorno da marca. Os relatos exibidos pelo programa mostram consumidores alegando que a WePink confirmou a entrega, mesmo sem o recebimento efetivo dos itens.

Mesmo após uma nota enviada pela equipe de Virginia Fonseca, os questionamentos não cessaram. A tentativa de resposta, em vez de acalmar os ânimos, gerou ainda mais indignação por parte de Russomanno, que aumentou o tom das críticas.

“[A empresa disse] que já vendeu mais de 1 milhão de produtos e que entregou 94%. Gente, se vendeu mais de 1 milhão e entregou 94%, então nós temos mais de 30, 40 mil pessoas sem receber. Se não tem condição de entregar, devolve o dinheiro”, disparou.

Durante o programa, Russomanno ainda classificou as práticas da empresa como possíveis crimes. Ele apontou por exemplo que, ao prometer uma entrega e não cumprir o prazo, a WePink estaria infringindo a legislação de defesa do consumidor.

O deputado mencionou ainda a possibilidade de enquadramento por afirmações falsas ou enganosas, além de apropriação indevida do valor pago pelos clientes.

Mesmo com o convite para visitar as instalações da WePink e o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC), Russomanno não amenizou sua posição. Para ele, o número elevado de reclamações indica falhas estruturais graves.

“De verdade, se isso estivesse acontecendo, a gente não estaria recebendo uma quantidade imensa de denúncias. (…) Então está faltando logística, está faltando estrutura, está faltando o SAQ da maneira correta”, declarou. Ele ainda criticou o uso de atendimentos automatizados, cobrando uma abordagem mais humana por parte da empresa.

A crise foi classificada pelo deputado como séria e potencialmente prejudicial a milhares de consumidores. “Se faltar um produto, tem uma pessoa lesada, um consumidor lesado e é crime contra aquele consumidor, imagine com milhares de pessoas”, afirmou, reforçando o tom de urgência e a necessidade de responsabilização por parte da empresa.