Taís Araujo confirma briga de Cauã e Bella Campos: ‘No início da novela’

Taís Araújo comentou as recentes polêmicas envolvendo os bastidores do remake de Vale Tudo, abordou o impacto do colorismo na televisão e relembrou momentos marcantes de sua trajetória profissional.

Durante entrevista ao jornal O Globo, questionada sobre o suposto desentendimento entre Bella Campos e Cauã Reymond, a atriz tratou o tema com naturalidade, minimizando a repercussão e criticando o foco dado ao assunto.

“Isso existiu no início da novela. Quando veio à tona, já era história velha. O negócio é que ela destampou outras histórias, foi pipocando um monte de coisa. Mas aí já não é mais questão da Bella. É uma sacanagem isso virar o foco quando estamos todos fazendo uma novela tão legal. Os dois estão lá, trabalhando todos os dias. E é isso que todo mundo tem de fazer”, afirmou.

Sobre os comentários negativos direcionados à colega de elenco, Taís destacou a importância de manter o foco. “Sobre as críticas, falo para Bella não desviar a atenção e tirar as redes do celular. Lembro que apenas ela e Glória Pires tiveram a oportunidade de interpretar a melhor personagem da teledramaturgia brasileira.”

Taís também relembrou quem a acolheu durante momentos difíceis da própria trajetória na televisão. “A Aracy Balabanian (1940–2023). Na época de Viver a Vida, ela, que odiava acordar cedo, me recebia de manhã na sua casa para passar o texto. Foi uma época muito difícil para mim. Alinne Moraes, que também estava no elenco, me pegou pela mão. Jamais esquecerei.”

Durante a conversa, a atriz refletiu sobre uma cena recente da novela, quando Odete Roitman se refere a Maria de Fátima como “nem tão preta assim”. Segundo Taís, é necessário que esse tipo de diálogo esteja presente na TV aberta.

“Tem de ser colocado. As pessoas com pele mais clara têm mais passabilidade. Não é que racistas não se relacionem com negros: relacionam-se sim, e se (os negros) estiverem a serviço, melhor ainda. Esse é o caso da relação das duas: Maria de Fátima está a serviço de Odete”, analisou.

Por fim, ela mencionou o desejo de interpretar a personagem Luísa Mahin, do romance Um Defeito de Cor, e reconheceu os limites impostos pela própria aparência: “Mas sei que não poderei fazer. Ela não tem mistura, ao contrário de mim. É um papel para uma atriz retinta.”