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É FOGO: De janeiro a junho, bombeiros atendem 115 casos de incêndio em Rio Preto
Corpo de Bombeiros alerta para hábitos perigosos e erros mais comuns ao se deparar com fogo em casa
Por Por Daniela MANZANI - DHoje Interior
13 de Junho de 2025 às 09:18
Após um recente caso de incêndio residencial com a morte de uma mulher, questões de segurança envolvendo eletrodomésticos, estruturas elétricas e demais situações cotidianas voltam a acender um alerta sobre riscos associados.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 2025 já soma 115 casos de incêndio, entre prédios comerciais, edificações públicas e residenciais. Os meses com mais ocorrências foram março e maio, com 19 cada. O incêndio residencial é o mais presente nas ocorrências atendidas pela corporação.
Já em 2024, segundo dados repassados pela entidade, foram 284 casos de incêndios, com mais acidentes no mês de setembro com 31 registros e, na sequência, agosto com 25 casos. Maio teve 19; todos os números mais evidentes referem-se aos acidentes residenciais.
CAUSAS MAIS COMUNS
Segundo o Comandante do 13º Grupamento de Bombeiros do Estado de São Paulo, Tenente Coronel Orival Santana, as causas mais recorrentes são curto-circuitos em instalações elétricas antigas ou sobrecarregadas, uso indevido de adaptadores e benjamins, aparelhos eletrônicos deixados ligados continuamente, velas acesas, óleo ou panelas esquecidas no fogo, além de aquecedores e velas próximos de cortinas ou roupas de cama.
Orival acrescenta que, a adoção de materiais altamente combustíveis, como forros de PVC, cortinas de tecidos sintéticos, móveis estofados com espuma densa e painéis de MDF, aumentam o potencial de propagação do fogo. Além disso, ambientes muito compartimentados ou sem ventilação e ausência de rotas de fuga, também agravam os riscos.
ERROS MAIS COMUNS
Jogar água em panelas com óleo quente (causa explosão de chamas); usar água em equipamentos elétricos energizados; respirar fumaça ao tentar entrar em ambientes tomados por fuligem; tentar apagar sem treinamento ou equipamento adequado.
EXTINTORES
De acordo com o Coronel, embora os extintores não sejam obrigatórios por lei em imóveis unifamiliares, se estiverem disponíveis, poderiam evitar um princípio de incêndio, especialmente em cozinhas ou áreas de lavanderia. “Um extintor do tipo ABC, por exemplo, combate focos de fogo em madeira, papel, líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos”, explica.
RECOMENDAÇÕES
Para o comandante é fundamental que as pessoas se atentem a realizar manutenção preventiva das instalações elétricas; evitar o uso de "Ts" e ligações improvisadas; nunca deixar velas ou panelas no fogo sem vigilância; manter materiais inflamáveis longe de calor; desligar aparelhos da tomada quando estiverem sem uso; ter rotas de fuga desobstruídas e um plano simples de evacuação familiar.
Além disso, o uso delongado de prolongadores para ligar vários aparelhos de alta potência, como micro-ondas, geladeira e máquina de lavar, em uma única tomada, eleva o risco de faíscas e superaquecimento.
“A prevenção começa com atitudes simples, como revisar instalações, usar equipamentos adequados e estar sempre atento. Uma tomada sobrecarregada pode custar vidas. Nossa missão no Corpo de Bombeiros é salvar, orientar e prevenir — e isso começa dentro de cada lar”, finalizou.