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Parada LGBT+ reúne 4 milhões na Paulista com shows e debates. Fotos!
A cidade de São Paulo testemunhou uma das maiores manifestações populares do ano neste domingo
Por Por Flavia Cirino - Ofuxico
23 de Junho de 2025 às 10:00
A cidade de São Paulo testemunhou uma das maiores manifestações populares do ano neste domingo, 22 de junho. A 29ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ transformou a Avenida Paulista em um enorme palco a céu aberto.
De acordo com os organizadores, aproximadamente 4 milhões de pessoas participaram do evento, que contou com apresentações de Ludmilla, Pepita, DJ Pedro Sampaio, Wanessa Camargo, Inês Brasil, Cariucha e outros artistas que incendiaram o público do começo ao fim.
Desde as 13h, 17 trios elétricos começaram o desfile em direção ao centro da capital, mantendo a avenida vibrante e repleta de bandeiras, leques e música eletrônica. Casais, grupos de amigos e famílias inteiras marcaram presença, reafirmando o caráter plural da celebração.
A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) projetou um impacto financeiro expressivo com a Parada: cerca de R$ 548,5 milhões devem circular na economia local, o que representa um aumento de 16% em comparação com a edição anterior.
Abandono e invisibilidade da população LGBT+ idosa
O tema central deste ano, “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”, trouxe à tona um debate necessário. A proposta abordou as dificuldades enfrentadas por pessoas LGBTQIAPN+ na terceira idade, que acumulam desafios como solidão, abandono, falta de políticas públicas, barreiras no sistema de saúde e preconceito etário.
Nelson Matias Pereira, presidente da APOLGBT-SP, destacou: “O envelhecimento dessas pessoas ainda é um tabu na sociedade e vem carregado de estereótipos e rótulos ofensivos”. Segundo ele, a consequência direta disso é o isolamento dessa população, que se torna ainda mais vulnerável à violência.
O Bloco Crianças e Adolescentes Trans Existem também ganhou visibilidade. O grupo reúne famílias de jovens trans e participa da Parada há quatro anos. Entre elas, Thamirys Nunes, de 35 anos, presidente da ONG Minha Criança Trans e mãe de uma criança trans de 10 anos, reforçou a importância da presença infantojuvenil nesses espaços.