Oruam se entrega à polícia após mandado de prisão e confronto no Rio

Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, conhecido como Oruam, se entregou na tarde desta terça-feira (22) na Cidade da Polícia, no Rio de Janeiro. Acompanhado da mãe e da namorada, o músico chegou ao local após a emissão de um mandado de prisão preventiva.

Declarações antes da prisão

Pouco antes de se apresentar, o cantor publicou um vídeo nas redes sociais. “Eu errei. Desculpa aí todo mundo, provar para vocês que não sou bandido”, disse. Em outro trecho, reforçou: “Vou dar a volta por cima e depois vou vencer através da minha música.”

Na chegada ao complexo policial, ele falou rapidamente com a imprensa: “Só pedir desculpa mesmo. Dizer que eu amo muito meus fãs. Eu vou dar volta por cima, tropa. Estou com Deus e tá tranquilão. Sou forte!”.

Operação no Joá levou à decisão judicial

O mandado contra o artista foi expedido após uma operação da Polícia Civil no bairro do Joá, na Zona Oeste do Rio, onde equipes tentavam localizar um adolescente investigado por envolvimento com o tráfico.

Segundo o inquérito, durante a ação, amigos de Oruam interferiram no cumprimento da ordem judicial. A polícia afirma que houve agressões contra os agentes e que pedras foram lançadas contra eles. Um policial ficou ferido. O jovem procurado conseguiu escapar naquele momento, mas também se entregou nesta terça.

Investigação aponta conexão com nomes do tráfico

De acordo com a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), o menor seria responsável por crimes de roubo de veículos e atuaria como segurança de Edgar Alves de Andrade, o Doca, apontado como um dos líderes do Comando Vermelho no Complexo da Penha.

A polícia incluiu no processo imagens de Oruam ao lado de Doca e de Antônio Ilário Ferreira, conhecido como Rabicó, chefe do mesmo grupo criminoso no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.

Acusações formais

A DRE indiciou o rapper por sete crimes: tráfico de drogas; associação ao tráfico; resistência qualificada; desacato; dano qualificado; ameaça e lesão corporal.

O inquérito aponta que a casa de Oruam teria se tornado um espaço usado por foragidos e integrantes de facções.