Umidade do ar abaixo de 12% é recorde e gera alerta em Rio Preto
Defesa Civil orienta sobre hidratação, evitação à exposição ao sol e atividades físicas
Por Daniela MANZANI - DHoje Interior
12 de Setembro de 2025 às 09:43
Nesta quinta-feira, 11 de agosto, a Defesa Civil paulista emitiu, novamente, às 12h20, um novo alerta severo de baixa umidade relativa do ar, com índices abaixo de 12% e temperaturas acima de 35°C, por meio do sistema Cell Broadcast. Agora, são 511 municípios de 11 regiões notificados devido às condições climáticas registradas nesta semana. Na quarta-feira, dia 10, 466 cidades foram notificadas – registrando um recorde entre os quatro alertas já enviados, marcando o período mais crítico até agora.
Segundo Ivair da Silva, diretor da Defesa Civil de Rio Preto, para monitorar os índices de umidade, o trabalho é feito pelo Núcleo de Gerenciamento de Emergências, do Departamento de Proteção e Defesa Civil do Estado de São Paulo, que conta com equipe de meteorologia e sistemas de alerta em tempo real. O monitoramento das condições climáticas permanece em tempo real, e novos alertas poderão ser enviados caso a situação persista.
De acordo com Silva, os principais riscos são problemas respiratórios, alérgicos e de pele, além da desidratação. Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas exigem atenção redobrada. “A Defesa Civil reforça sempre orientações como manter hidratação adequada, evitar atividades físicas sob sol forte, umidificar ambientes e proteger a pele”, disse.
PREVENÇÃO
Conforme o especialista, a Defesa Civil de Rio Preto coordena o Comitê Gestor de Prevenção às Queimadas, com ações como queima controlada em áreas estratégicas, manejo integrado do fogo e campanhas educativas. No Estado, a Sala SP Sem Fogo e o sistema de alerta georreferenciado monitoram focos para o rápido acionamento de equipes. A legislação ambiental também foi reforçada com multas mais severas contra queimadas ilegais.
Para ele, o maior desafio é conscientizar sobre o uso do fogo em limpezas domésticas ou rurais. Pequenas fagulhas levadas pelo vento podem atingir áreas secas e provocar incêndios. A orientação é evitar totalmente esse tipo de prática.
Silva ainda destaca que a instituição está indo em várias escolas municipais para atividades educacionais para um treinamento sobre redução de riscos e desastres. “Iniciamos a Olímpiada do Conhecimento” com alunos do 5º ano para educação sobre queimadas e descarte inadequado de lixos. Hoje estamos no Santa Clara, mas quase 600 alunos receberão esse curso, objetivando que eles levem esse conhecimento para suas famílias, amigos e conhecidos”, compartilhou.
João Antônio dos Santos, de 53 anos, trabalha como pedreiro, utiliza chapéus, blusas térmicas e filtro de solar, além de claro, a garrafa de água sempre abastecida. “Eu já sou acostumado, mas a cada ano parece que está pior. O calor até aguento, mas o tempo seco é o que mais incomoda. Durante a noite, não me seco depois do banho, coloco várias bacias de água no quarto e toalhas molhadas”, disse.