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Imagem: Reprodução
Policiais do Paraná são suspeitos de facilitar fuga de assassinos de cobradores de Rio Preto (SP)
Busca e apreensão contra dois agentes da própria corporação
Por Gazeta do Interior
11 de Dezembro de 2025 às 09:28
A Polícia Civil do Paraná cumpriu nesta última terça-feira, (09/12/2025), mandados de busca e apreensão contra dois agentes da própria corporação, lotados na unidade de Icaraíma (PR). A medida faz parte das investigações do caso que apura o assassinato de quatro cobradores de dívida de São José do Rio Preto (SP), mortos em agosto deste ano após serem atraídos para uma emboscada na zona rural do município paranaense. O crime chocou a região noroeste paulista.
De acordo com o documento oficial da Polícia Civil do Paraná, os investigadores identificaram possível comunicação entre os agentes e os suspeitos do crime depois das execuções. A linha de apuração aponta que, após os homicídios, os investigados podem ter recebido informações privilegiadas que teriam auxiliado na fuga, na destruição de vestígios ou na tentativa de minimizar o avanço das diligências.
A Corregedoria da Polícia Civil solicitou os mandados após receber indícios dessa troca de mensagens. A corporação ressalta, no entanto, que não há qualquer elemento que aponte participação dos policiais nas mortes, que aconteceram no dia 5 de agosto, por volta das 12h30, em uma propriedade rural no distrito de Vila Rica.
A nota enfatiza que a suspeita recai exclusivamente sobre atitudes posteriores ao crime, “com o objetivo de apurar se houve benefício aos investigados por meio de informações que pudessem facilitar a fuga ou prejudicar o trabalho policial”.
Como medida cautelar, os agentes foram removidos da unidade de Icaraíma e devem ser realocados em outros setores, garantindo a imparcialidade do restante da investigação. A Polícia Civil também destacou que, diante das primeiras suspeitas internas, já havia imposto sigilo absoluto sobre as diligências e restringido o acesso de parte da equipe local a documentos e informações sensíveis do caso.
As apurações sobre a participação dos suspeitos e a eventual colaboração de agentes públicos seguem em andamento sob responsabilidade da Corregedoria e da 7ª Subdivisão Policial de Umuarama (PR).