Fábio Assunção diz que vício o ‘envelheceu’ aos 30 anos
Fábio Assunção falou abertamente sobre o período mais turbulento de sua vida
Por Flavia Cirino - Ofuxico
30 de Outubro de 2025 às 09:52
O ator Fábio Assunção falou abertamente sobre o período mais turbulento de sua vida. Em entrevista ao podcast “Tantos Tempos”, ele revisitou o momento em que precisou encarar a própria exaustão e o vício, admitindo que, por volta dos 30 anos, sentiu sua vida “ruir”.
“Foi um cansaço, um envelhecimento. Eu precisava parar. Foi um boicote. Eu precisava parar naquele movimento para me abastecer de outras coisas”, desabafou o artista, primeiramente.
Em seguida, detalhou: “Estava esgotado. Eu fiquei dez anos dentro de um estúdio trabalhando. Eu cheguei aos 30 exausto. Ali, eu fiquei velho, sabe? Eu virei um bebê. Tive que reaprender tudo: a andar, a falar, a lidar com meus horários”, contou o ator, hoje com 54 anos.
Um olhar sobre a própria jornada
Fábio descreveu o processo de recuperação como um renascimento. A intensidade da rotina, somada às cobranças e ao ritmo de gravações, o levou ao limite. Mas ele transformou a dor em aprendizado.
“Olhando hoje, de fora, eu acho a vida linda, porque ela sempre te dá possibilidades de você não desistir, ser resiliente, ressignificar sua velhice, sua juventude. A gente é livre. Eu posso ter o pensamento que eu quiser”, refletiu.
Ele afirmou que o vício não foi causado por uma substância, mas pelo vazio que ela preenchia. “É bonito você entrar por um processo de adoecimento da sua alma, porque não é um produto que faz você ficar dependente, mas é o espaço que aquilo ocupa na sua vida”, disse.
Recomeço e reconexão
Hoje, completamente recuperado, o ator vive um momento de plenitude. Ele destacou a importância da família e do autoconhecimento.
“Tenho três filhos, com cada um é assunto. Tudo é uma forma de ensinamento. Acho que isso é não ficar velho. Ficar velho é desistir”, afirmou.
Nos anos 2000, Fábio buscou tratamento em clínicas de reabilitação e contou com o apoio de amigos e familiares. Agora, ele enxerga a vida como movimento constante.
“A diferença é essa: você achar que hoje, coisas vão acontecer. A gente está pulsando coisas”, destacou, por fim.