Rio Preto registra 396 acidentes com escorpiões e preocupa autoridades
O aumento de acidentes com escorpiões em Rio Preto e região virou tema de alerta no Fórum Regional sobre Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos
Por Danielle MOLNAR - DHoje Interior
13 de Outubro de 2025 às 09:18
O aumento de acidentes com escorpiões em Rio Preto e região virou tema de alerta nesta sexta-feira, 10, durante o I Fórum Regional sobre Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por Animais Peçonhentos, promovido pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE), pelo CIATox e pela Famerp. O evento reuniu mais de 400 profissionais de saúde para discutir prevenção, diagnóstico e tratamento.
Segundo dados do NHE, em 2024 foram registrados 300 acidentes com escorpiões; neste ano, o número já chegou a 396, sendo que 66% das vítimas têm entre zero e 14 anos. “O aumento é preocupante e exige atualização constante dos profissionais de saúde da região”, afirma a Doutora Maria Lúcia Machado Salomão, coordenadora do NHE.
O Professor Doutor Carlos Alberto Caldeira Mendes, especialista em acidentes por animais peçonhentos, reforçou a importância do treinamento.
“Muitos profissionais ainda desconhecem detalhes do diagnóstico e do tratamento. A maior parte dos casos é tratada clinicamente, mas em cerca de 10% das ocorrências é necessário aplicar o soro específico. O fórum ajuda a definir quando e como agir corretamente”, explicou.
Além do Hospital de Base, UPAs Jaguaré e Norte passam a oferecer atendimento especializado para acidentes com escorpiões, com equipes treinadas e prontas para agir rapidamente. Durante o fórum, também foram discutidas medidas simples de prevenção doméstica, como manter móveis afastados das paredes, vedar frestas e evitar que o animal entre em camas e roupas.
André Baitello, diretor do Departamento Regional de Saúde (DRS-15), destacou que a região apresenta alta prevalência desses acidentes.
“Nosso objetivo é orientar municípios e profissionais sobre condutas adequadas e fortalecer o fluxo de atendimento. Cada detalhe faz diferença para salvar vidas”, afirmou.
Para os especialistas, a mensagem é clara: a atualização dos profissionais de saúde e a conscientização da população podem reduzir os riscos e garantir que, mesmo em casos graves, o atendimento seja rápido e eficaz.